Santarém possuí inúmeros atrativos culturais, e através de nosso site você poderá conhecer.
Localizado no centro da cidade, à Rua Senador Lameira Bittencourt, antiga Rua dos Mercadores, em frente à Praça do Pescador. Este Solar pertenceu ao Barão de Santarém, título agraciado pelo Imperador D. Pedro II, em 1871, ao Sr. Miguel Antônio Pinto Guimarães pelos relevantes serviços prestados à Província do Pará. Trata-se de um prédio da época colonial com três pavimentos distintos, sendo que as instalações térreas se destinavam ao comércio, e/ou aos aposentos de empregados, escravos e viajantes, cujo acesso à rua se dá através de seis portas simples e largas, além de uma porta principal.
Localizado no centro da cidade, à Av. Senador Lameira Bittencourt, situado ao lado do Solar do Barão de Santarém. Construído em dois pavimentos, o sobrado possui quatro portas em forma de arco, construídas em madeira de lei tendo cada uma delas, 9 almofadas lisas. As portas do andar superior são protegias por uma grade de ferro na parte inferior externa, que juntamente com as pilastras com incisões lhe dão sustentação. É o único em Santarém a possuir um relógio de sol entre as duas portas superiores.
Localizado no centro da cidade, à Rua Floriano Peixoto, 346. o casarão é constituído de nove janelas e quatro portas em estilo árabe. Na superior das janelas, grades em formato mourista e revestido de azulejos do mesmo estilo, pintados de azul e branco com detalhes de ponteados entre eles. No alto da porta central, a serralheria difere das janelas pelas quantidades de arcos e é tipicamente árabe onde são encontradas as iniciais do Sr. José Pereira Costa e o ano de sua construção, 1867. Na fachada são encontradas doze pequenas divisões, em cada uma delas, dois losangos e abaixo destas, uma pequena linha horizontal em alto-relevo, e logo abaixo uma pequena marquise com linhas incisas.
No centro da cidade à Rua Siqueira Campos com a Travessa dos Mártires, em estilo eclético, o Solar dos Brancos ou Solar dos Confederados, foi construído no final do século XIX. O Solar possui três pavimentos, existindo na parte superior a clara boia (camarine) usada como uma espécie de observatório da parte externa do prédio ou do quadro de hóspedes. No primeiro andar havia oito janelas em estilo árabe, delineadas com pintura em óxido de ferro até os cantos.
Localizado no centro da cidade, à Av. Senador Lameira Bittencourt. O Teatro Vitória iniciou sua construção no dia 5 de maio de 1895, e foi inaugurado em 28 de junho de 1896. O autor da planta foi o engenheiro francês Maurice Blaise, sendo sua lotação de aproximadamente quinhentos espectadores. A obra do teatro foi feita graças ao Clube Dramático Santareno e, através de sócios amadores e contribuintes, a mesma foi sendo mantida. A construção deste teatro remonta o período da presença dos grandes barões na cidade de Santarém, correspondendo assim uma importante opção de lazer da época. Após alguns anos da inauguração, bem como da realização de algumas peças teatrais no Vitória, sob o comando do “Clube Dramático”, fundado no ano de 1895 por cidadãos santarenos, como: médico Pedro Juvenal Cordeiro, o Juiz de Direito Dr. Turiano Meira dentre outras personalidades da época, o teatro Vitória foi passado para a Intendência Municipal (Prefeitura), recebendo o nome de Teatro Municipal Vitória.
A catedral marca a história de Santarém em vários momentos. Segundo a professora, não só porque ali se reuniam as pessoas para fazer orações, mas por toda a parte social, cultural, econômica e religiosa no entorno das festas da Conceição, e dos santos. “Lá surgiram muitas entidades que ajudavam as pessoas que estavam em dificuldades. Nós tínhamos as irmandades que foram fundadas entorno dessa igreja. A história de Santarém está muito vinculada à Catedral”, ressalta Liduína que já sofreu várias modificações na arquitetura, mas a estrutura maior permanece. O primeiro prédio foi construído em 1661, no Largo do Pelourinho, onde atualmente é a Praça Rodrigues dos Santos. Somente em 1761, no centenário da fundação, que foi iniciada a construção da nova catedral. Depois de alguns anos, as torres caíram e foram feitas reconstruções internas.
O local onde atualmente funciona o Colégio Dom Amando, fundado em 1942, nem sempre foi educandário. A instituição nasceu como Hospital São José em 1930 e somente 12 anos depois virou escola. Segundo a professora de história, a mudança ocorreu devido ao surgimento de muitas doenças e, até mesmo, por causa da Guerra da Cabanagem – revolta social ocorrida na província do Grão-Pará, considerado um dos maiores conflitos já ocorridos na história do Brasil - pois o hospital serviria como alternativa para socorrer os feridos da batalha. A história mais conhecida sobre curiosidades do prédio é de que existia um porão que permitia o acesso até o Colégio Santa Clara. Conforme Liduína, diziam que foi construído para auxiliar nas fugas durante a Cabanagem. “Contam muitas histórias de que um porão ao outro existia uma porta secreta onde havia uma comunicação, mas isso não passa de mito.
Situada a 80 km a leste de Santarém, é acessível por via fluvial. De Santarém, navega-se pelo rio Tapajós até a entrada do Lago Maicá, percorrendo toda a extensão até chegar ao Paraná Ayayá, onde a fazenda está situada. Recanto natural e monumento histórico-científico, a fazenda pertenceu ao Barão de Santarém, Antônio Pinto Guimarães, no século XIX, que tomou como sócio o imigrante americano Romulus J. Rhome. Sob a administração do Sr. Rhome, que passou a residir no local com sua família, a propriedade progrediu significativamente, destacando-se dentre as existentes no município. Fronteira à casa ficava o engenho, com moinhos movidos a vapor, novidade na época. Foi na Taperinha que se construiu o primeiro barco a vapor na Amazônia, que recebeu o mesmo nome da Fazenda. À casa principal, com grandes salas, quartos e cozinha, o cientista Hagmann anexou uma biblioteca. Os sambaquis encontrados no local são bastante extensos e apresentam até 6,5m de espessura. Associadas aos depósitos de sambaquis ocorrem peças de cerâmica, cuja datação, efetuada pela pesquisadora Ana C. Roosevelt, do Field Museum of Chicago, revelou idades aproximadas de 8.000 anos, constituindo-se em uma das mais importantes descobertas arqueológicas da Amazônia, uma vez que representa a cerâmica mais antiga já encontrada nas Américas.
Na Igreja de Nossa Senhora da Conceição encontra-se o famoso crucifixo do cientista alemão Karl Friedrich Philipp Von Martius. Em 18 de setembro de 1819, Von Martius escapou de morrer num naufrágio, quando navegava pelo rio Amazonas, próximo a cidade de Santarém. Aquele dia foi decisivo na vida do cientista de língua alemã, nascido em 17 de abril de 1794 na cidade de Erlanger, na Baviera, que deixou um dos maiores estudos sobre a flora brasileira. Em agradecimento a Deus por ter sido salvo da morte, Von Martius mandou confeccionar um crucifixo de ferro fundido, com 1,62 metros de altura. O crucifixo, que ficou pronto em 1846, só chegou ao porto de Santarém em 1848 e difere dos demais por apresentar Jesus ainda vivo.
São cópias ampliadas da Cerâmica Tapajônica ou Cerâmica de Santarém, esculpidas nas formas de "Vasos Cariátides", "Vaso de Gargalo", "Ídolo" e "Muiraquitã", dispostos na área da praça simbolizando a expressão original da cerâmica regional.
O maior espaço público da cidade, onde é possível encontrar réplicas da cerâmica arqueológica do município, a Praça Barão de Santarém também é conhecida como Praça de São Sebastião. O espaço é o marco zero da cidade e sua estrutura é composta por jardins, mangueiras e parques de diversões. A decoração da praça é feita com esculturas que imitam as principais formas de vaso cariátides e gargalo e a figura do Muiraquitã esculpida em cada banco. Foi primeiramente denominada de Largo da Municipalidade, por conta da construção do prédio da Câmara Municipal, em 1853. A praça abriga também o Centro Cultural João Fona, a Igreja de São Sebastião e o Anfiteatro Joaquim Toscano, três das principais obras arquitetônicas de Santarém.
Considerada o berço da cidade, a praça foi a grande Ocara (praça na língua indígena) da Aldeia dos Tapajós. Foi no local, que o fundador de Santarém, Padre Bettendorf, encontrou os chefes indígenas e decidiu construir a primeira Capela de Nossa Senhora da Conceição. A praça é o marco zero da cidade de Santarém e está em cima, literalmente, da história dos índios Tapajós. Segundo Liduína, ali havia ocas indígenas que formavam um meio círculo de frente para praia. Na área, havia uma elevação de terra que possibilitava ver quem chegava à aldeia, portanto o local era considerado a área central dos indígenas. A arquitetura não permanece totalmente em sua originalidade. Passou por várias modificações.
A Praça do Centenário foi inaugurada em 24 de outubro de 1948, tendo sido projetada pelo artista santareno Manoel Maria de Macêdo Gentil. Localizada entre as avenidas 24 de Outubro e Silvério Sirotheau Corrêa, o espaço representa a integração do bairro da Aldeia - um dos mais antigos - ao centro da cidade. Ao centro encontra-se a imagem de um índio trabalhada por João Fona e dois canhões.
Centro da cidade. A construção deste prédio seguiu as plantas arquitetônicas do Major Eng. Pereira Sales. Teve seu início em 1853, sendo concluído em 1867 e inaugurado em 1868. O estilo do prédio é colonial brasileiro, embora tenha sofrido pequenas alterações em 1926, com o intendente Coronel Joaquim Braga. O prédio, que abriga o Centro, foi totalmente reformado e restaurado, mas foram mantidos seus traços e características originais. Este importante equipamento de nossa cultura está preservado, para garantir à geração atual e as gerações futuras de santarenos o conhecimento sobre nossa rica história. Uma grande parte da história de nosso Município concentra-se no Centro Cultural João Fona. Ele é o segundo prédio mais antigo de Santarém, o primeiro é a catedral de Nossa Senhora da Conceição. A obra foi concluída em 1867 e a inauguração ocorreu em 1868.
Inaugurado em 22 de junho de 1999, o museu Dica Frazão, congrega um grande acervo das peças artesanais confeccionadas pela artesã Dica Frazão, esta considerada a pioneira na utilização da raiz do patchuli no artesanato. Dica Frazão ainda foi responsável pela introdução de outros materiais da região, como palhas de tucum, de buriti e do açaizeiro, além da malva, juta, bambu, casca do taperebazeiro, cipó escada de jabuti, entrecascas de madeiras e sementes de melancia, melão, jerimum e pepino. O acervo do Museu dispõe de mais de 150 peças do artesanato santareno. Um dos principais ícones da arte e cultura santarena, a artista plástica Raimunda Rodrigues Frazão, artisticamente conhecida como Dica Frazão, faleceu aos 96 anos em 19/05/2017, em Santarém. Com traços únicos e acabamento espetacular, Dica foi artesã, modista e estilista, vestindo grandes personalidades mundiais, como o a rainha Fabíola, da Bélgica, o Papa João Paulo II e o ex-presidente Juscelino Kubitschek.
Situado ao lado direito da Cúria Diocesana, fazendo parte do da Catedral (que abrange, além dos prédios já citados, o Centro Diocesano de Pastoral e a Casa Paroquial), encontra-se o Museu de História e Arte Sacra da Diocese de Santarém. O prédio onde se encontra o Museu foi construído no Século XIX, serviu de residência do Sr. Domingos Veloso, e também como casa comercial, antes de ser adquirido pela Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, que tinha a intenção de usá-lo como "barraca permanente" da Festa do Arraial de Nossa Senhora da Conceição, mas, que após uma reforma interna transformou o andar térreo em salão paroquial e construiu outros andares superiores para salas de reunião e catequese. Do edifício original, apenas a fachada está mantida. O Museu possui um dos acervos mais diversificados da Região Norte. São imagens sacras, objetos de culto, documentos, indumentárias, pinturas, além de um bom acervo fotográfico que nos remetem ao passado da Igreja Católica e do município de Santarém, como bem diz o Sr. Emir Bemerguy: "Emocionante vem sendo a colaboração dos santarenos, tanto dos nossos bairros como das comunidades interioranas. Preciosidades ocultas em capelas e residências, algumas com mais de dois séculos, foram cedidas ao Museu, por doação ou empréstimo, valorizando demais o patrimônio ali reunido" (Livro do Centenário da Diocese de Santarém, 2003, pág. 98). Recentemente, o acervo do Museu foi acrescido de peças oriundas do Colégio Santa Clara, para a montagem da exposição do centenário de fundação da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição.